Leites e Derivados

Estudos recentes apontam uma doença que há pouco era desconhecida: a alergia à proteína do leite de vaca vem sendo descoberta como mais um transtorno do sistema digestório que apresenta incidência maior principalmente crianças pequenas, restringindo o consumo alimentar de leite e derivados na dieta dos portadores.
Sabe-se da importância de alimentos como o leite e seus derivados em nossa alimentação. São alimentos do grupo de construtores, representando boa fonte biodisponível de proteínas, vitaminas lipossolúveis - quando não desnatados - além de serem as fontes mais abundantes de cálcio, mineral de grande importância de nossa dieta, principalmente durante a infância, em que o aporte adequado de cálcio é imprescindível para garantir a boa formação dos ossos e crescimento. Segundo MEDEIROS et. al. (2004), este distúrbio tende a se manifestar nos primeiros 03 anos de vida.
As alergias alimentares em geral iniciam-se na mucosa intestinal, em que células relacionadas envolvidas com o sistema imunológico reagem a antígenos, sendo as mais frequentes, segundo KODA e BARBIERI (1985), substâncias presentes em: leite, carne bovina, soja, trigo, ovos, pescados, tomate, laranja, banana e cereais.
A alergia manifesta-se com os sintomas mais frequentes: manifestações clínicas predominantemente gastrintestinais agudas e crônicas; manifestações do sistema respiratório, como rinite, rinorréia, asma, bronquite, otite média serosa crônica; manifestações dermatológicas, como dermatite atópica, eczema, urticaria, angioedema; manifestações hematológicas, como anemia e eosinofilia; neurológicas e comportamentais, como irritalidade, celaféia, hiperatividade, letargia, choro excessivo e fadiga.
Parte do tratamento pode se dar através da exclusão ou restrição do leite de vaca e derivados da dieta. A sensibilização do portador às proteínas do leite, entretanto, tende a desaparecer quando expostos à dieta restrita nas mesmas por um prazos de seis meses até no máximo dois anos. De acordo