leishmaniose tegumentar
TEGUMENTAR AMERICANA: UMA REVISÃO DA LITERATURA
BARCAROL, Leandro Nicola1; MALHEIROS, Mayara1; RODRIGUES, Maxuil1; COSER,
Janaina2.
Palavras-Chave: Leishmaniose. Epidemiologia. Diagnóstico. Tratamento.
Introdução
Por definição, Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, mas não contagiosa causada pelo protozoário do gênero Leishmania. Sua transmissão é vetorial, com ciclo heteroxênico, acometendo a pele e as mucosas; sendo caracterizada como doença primariamente zoonótica, na qual o homem pode ser envolvido secundariamente e de modo acidental (FUNASA, 2001). Segundo a OMS, a LTA é uma das doenças de maior importância mundial, devido à ampla distribuição geográfica e pelo número de pessoas infectadas anualmente.
No Brasil, a incidência desta doença fica somente atrás da malária, no grupo das protozoonoses transmitidas por vetores. No continente americano estende-se desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina (MAGALHÃES, 2001).
Relatos de padres missionários e pesquisadores viajantes por volta do século XIX na região amazônica observam indivíduos com feridas ulcerosas nos braços e nas pernas, relacionadas a picadas de insetos e, como conseqüência, lesões destrutivas na boca e no nariz. No início desse século a região amazônica já era endêmica para esta doença a qual se difundiu para outras regiões brasileiras como Sul e Sudeste, devido aos fluxos migratórios, principalmente aqueles gerados pelo ciclo da borracha. Acredita-se que a doença surgiu na região amazônica e se espalhou pelos países andinos. O foco constatado no Rio de Janeiro ocorreu em 1922, quando mais áreas da cidade foram urbanizadas, posteriormente, com a recuperação da área verde, parece ter havido diminuição dos casos (VALE; FURTADO, 2005).
Dados recolhidos entre 1985 e 1999 mostram ocorrência de 388.155 casos da doença no país, sendo que no último ano da amostra foram verificados os