Lei e Evangelho/Graça
Quem nunca ouviu as expressões “Tempo da lei" e "Tempo da graça”? Ou então a afirmação: “Lei é o
Velho Testamento e Graça é o Novo Testamento da bíblia”? Ou ainda: “Lei é o que vem de Moisés e Graça é o que vem a partir de Jesus, 2000 anos atrás”? Ou quem sabe: “Evangelho é tudo o que se parece com
Jesus e Lei é tudo o que se parece com Moisés”? Enfim, discorrerei de forma detalhada sobre esses pontos, explicando porque não concordo com nada disso.
Não tem como responder questões como: “A Lei ainda está em vigor?”, “Devo seguir a Lei?” ou “Devo obedecer os 10 mandamentos?” sem entender esses três conceitos: Lei, Evangelho e Graça. E uma dica que lhe dou é que sempre faça isso: antes de falar sobre um assunto, deixe claro o seu conceito, pois são tantas visões teológicas diferentes que a maioria usa os mesmos termos, mas muitas vezes um mesmo termo significa algo completamente diferente em cada uma dessas interpretações. Aqui deixarei claro os conceitos que adoto e, a partir deles, tentarei expor o assunto.
Quando falamos nesse tema, muitos criam essa diferenciação “Lei x Graça” (que é uma distinção muito usada no meio reformado/calvinista, sendo que respeito meus irmãos que seguem essa tradição teológica, mas particularmente discordo desse ponto, por não ver coerência nessa dicotomia, afinal, sem a Graça não há revelação da Lei e sem a Lei, não há necessidade de Graça para salvação). E de forma mais geral, a Lei está dentro do conceito da Graça. Tudo o que existe e que se manifesta só ocorre por Graça. Atualmente prefiro a dualidade “Lei x Evangelho” (adotada, por exemplo, por outro reformador,