Lei eusebio de queiroz
Os pensamentos Iluministas do século XVIII formaram as primeiras idéias contrárias à escravidão, se antes era vista como um desígnio de Deus passou a ser encarada como uma obra do homem e, portanto podia ser revogada. Antes todos consideravam que a escravidão era uma forma de retirar pessoas da barbárie, depois dos Iluministas, alguns passaram a achar que estava na escravidão à fonte de muitos males e que ela era a barbárie.
Paralelo a essa questões filosóficas, estavam os interesses de alguns países já capitalizados que passavam a ditar regras que não incluíam a escravidão, aliás, a abominava-na como um entrave ao seu progresso econômico. Em 1807, o parlamento inglês aboliu o tráfico de escravos nas colônias britânicas, foi a linha de partida para a Inglaterra torna-se a paladina da emancipação dos escravos. Paralelamente a ação inglesa já existia no Brasil muitos que começavam a tomar a causa da abolição para si, a maior parte deles era de homens que, estudando na Europa, conviveu com as idéias iluministas e de modernização econômica já tão comuns no continente europeu. Por exemplo, José Bonifácio tentou apresentar a Constituinte de 1823 projeto para a extinção da escravidão.
O abolicionismo passou a ser o assunto do momento, uma causa cristã que fala de filantropia. Ser abolicionista era ser identificado como moderno favorável ao progresso e a civilização.
A agitação popular chegou ao auge no Ministério Dantas quando este apresentou um projeto de lei para libertação de escravos idosos. Em meio a luta com o Ministério dissolvido e logo após a maquina dos fazendeiros formou um novo Ministério que apresentou projeto de Lei conhecida como Saraiva - Cotegipe ou a Lei dos Sexagenários, essa sendo uma tentativa desesperada daqueles que se apegavam à escravidão para deter a macha do progresso. Mas era tarde demais.
Os abolicionistas cresciam em número, o movimento se agigantava no país, mas o golpe de misericórdia veio mesmo dos próprios escravos