lei de lynch
A execução da Lei de Lynch, é a negação mais radical da civilização e do estado de direito. Aflora o desejo coletivo de fazer "justiça com as próprias mãos". A cultura da violência é reproduzida e ampliada por meio midiáticos, que costumam relacionar violência e perigo aos pequenos crimes do cotidiano. Essas representações constante da criminalidade e do criminoso acabariam por estruturar o contexto onde o ódio da população, presente no linchamento, seria metodológica foi adotada pela riqueza do entendimento de como essa definição engendra sentidos sobre o ato.
A morte violenta, como forma de resolver conflitos é naturalizada a ponto de ser presenciada por crianças, que internalizam essa medidas no seu repertorio de comportamento. O linchamento aparece como diversão, como um evento alegre e significativo para a comunidade. A morte de “bandidos” aparece como uma ação banal e é qualificada pelo termo façanha, o qual expressa, ambiguamente, tanto um ato heroico quanto uma ação perversa.
É importante ressaltar a sensação de insegurança e impunidade na população, diante de cada fato ocorrido o agudo sentimento de medo.
O entendimento do linchamento como uma resposta naturalizada para a violência da criminalidade torna-se perigosa, por permitir laços de sociabilidade baseados em controles violentos e difusos. Esse contexto é produzido, sobremaneira, pela constante retração do Estado, gerando um quadro confuso de aumento da aprovação de medidas violentas de repressão ao crime e aumento de milícias privadas. “Amados, não façam justiça por própria conta, mais deixem Deus agir, pois o Senhor diz na Escritura: A mim pertence a vingança, Eu mesmo vou retribuir.”
Bíblia Sagrada, Romanos 12: 19