Lei de diretrizes basicas
Coloca aí a responsabilidade, em primeiro lugar para a família, o que a sociedade industrial tirou, pois os pais, a princípio, para a mentalidade desse tipo de sociedade tinham que trabalhar período integral nas fábricas e não podiam cuidar dos filhos. Hoje a sociedade sente o problema que esse fato provocou. A lei vem tentar resgatar a responsabilidade da família, mas sem modificar a estrutura familiar que ainda exige que todos trabalhem período integral para poder sobreviver (não é nem para poder viver). Faltam aí políticas públicas sérias para reverter essa situação, não é um artigo de lei que vai mudar esse quadro.
Ainda no Artigo 2º vai definir a finalidade da educação: pleno desenvolvimento do educando, preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Pleno desenvolvimento do educando, entendo eu que aproveitando o que ele é e a bagagem que ele traz, sem nenhuma interferência ideológica por parte dos educadores, ou da instituição escolar.
Seu preparo para o exercício da cidadania: que ele saiba participar. Grande dificuldade tem a escola nesse aspecto. Ela própria: administração e corpo docente têm grande dificuldade em participar e em abrir espaço para participação do outro. Não há tempo e nem interesse que os outros participem das decisões. E essa é uma característica da organização piramidal. Enquanto a escola trabalhar com a organização piramidal é bobagem falar em cidadania. Não é um artigo de lei que vai instituir a cidadania. Cidadania é vivência no dia a dia. E a escola não tem estrutura para isso. É só discurso. Se formos analisar a fundo não há participação dos alunos nas decisões da escola, não há participação dos pais de alunos nas decisões da escola, não há participação dos professores nas decisões da escola. Tudo é conduzido, em nome do bem-estar do sistema e das suas