Lei da Palmada
Por Regis Tadeu
Sim, o título deste texto foi escrito para chocar mesmo, principalmente aqueles que aplaudiram a ridícula iniciativa de alguns de nossos parlamentares, que já conseguiram solucionar todos os problemas do Brasil e agora, na falta do que fazer, resolveram – mais uma vez! – “jogar para a galera” e elaborar uma tal “Lei da Palmada”.
Não poderia ser diferente, né? Afinal de contas, estamos em ano de eleição e sempre pega bem estas exibições de correção política, mostrar que os deputados estão realmente preocupados com a “segurança de nossas crianças”. Isto rende muitos votos, certo?
Com tantas coisas para se resolver neste País abandonado pela razão e pelo bom senso, as "excelências" apelam novamente para propostas popularescas e absurdamente inúteis, como esta “lei da Palmada”, que agora passou a ser conhecida como “Lei Menino Bernardo”, em uma duvidosa 'homenagem' ao garoto que foi barbaramente assassinado no Rio Grande do Sul recentemente, supostamente pela madrasta e pelo pai.
Mais do que uma 'homenagem' ao menino morto, trata-se de um evidente e rasteiro golpe de marketing eleitoreiro para atingir em cheio o coração da comoção pública que tal crime causou. O que você queria? Que os políticos brasileiros tivessem um mínimo de escrúpulo? Claro que não, né? Isto é impossível.
Antes que você comece a bufar de raiva com o que escrevo, um alerta: sou absolutamente contra qualquer tipo de castigo físico contra crianças, adultos, velhos, marcianos, golfinhos e qualquer ser vivo. Ah, agora você está confuso, tentando entender a minha posição? Eu explico: castigo físico e agressão é uma coisa, uma palmada corretiva que uma mãe ou um pai dá em seu filho mal educado e birrento é outra. Completamente diferente. E posso explicar isto justamente porque não sou pai e nem pretendo ser...
Primeiro, é preciso que você entenda que a tal lei nada tem a ver com aquela barbaridade hedionda. Depois, é preciso separar uma coisa da