Legitimação
As origens dos universos simbólicos: A partir do significado das coisas, do universo simbólico, é que se objetiva a realidade. O Universo simbólico cria uma hierarquia da mais real até a mais fugitiva da realidade. Está em contínua transformação, desenvolvimento, crescimento ou empobrecimento, dependendo da qualidade da metamorfose quando se interioriza alguma coisa.
Os mecanismos conceituais para manutenção do universo são idéias, instituição, mecanismos, processos, estratégias e planos que trabalham para manter a realidade objetiva como ela é, para legitimar esta realidade. É através da legitimação que os mecanismos conceituais tem base no universo simbólico.
Estes mecanismos conceituais são, cronologicamente, a mitologia, a teologia, a filosofia, a ciência que se desmembram na terapêutica e na aniquilação. Esses mecanismos são apropriados por uma classe específica que deseja que se perpetue a realidade vigente, com a exceção da mitologia. A mitologia pode ser criada por qualquer pessoa que presencie um fenômeno natural. Quando a mitologia é apropriada por uma classe, acaba virando religião, prática, dogma, ritual.
Já a terapêutica age no sentido de reintegrar o indivíduo rebelde ao grupo, à sociedade, normalmente por processos punitivos. A aniquilação busca a total exclusão do indivíduo do grupo ou da sociedade, se dando por mecanismos que vão da deportação à morte.
Um terceiro fator para a legitimação são as organizações sociais, pois os mecanismos sociais para a manutenção do universo têm base na organização das atividades humanas, nas instituições, na necessidade do ser humano trabalhar. Nas organizações há confronto de teorias que influenciam sobre elas. De um lado há os teóricos, que fundamentam suas teorias com base