Legaliza o da maconha
Tratando de uma situação delicada, pois como um todo assunto polêmico, obrigatoriamente se manifestam os prós e os contras, mas devemos ter a ciência da diferença entre descriminalizar e legalizar. A primeira propõe que o usuário de maconha não esteja sujeito a nenhum tipo de processo judicial se for flagrado cultivando, portando ou consumindo a droga. A legalização, por sua vez, abrangeria toda a cadeia – produção, distribuição e comercialização em grande escala – transformando a maconha em um produto como outro qualquer, sujeito a regulamentações, impostos e fiscalização.
Segundo o site do Dr. Dráuzio Varella onde ele fala a respeito da dependência química em um artigo sobre a legalização da maconha, muitos defendem tratar-se de uma droga que não vicia e que a dependência é meramente psicológica. Outros asseguram que vicia sim e, por isso, deve ser mantida na ilegalidade.
De acordo com o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado em 2012 pelo grupo do Dr. Ronaldo Laranjeira, da Unifesp, cerca de 7% dos brasileiros entre 18 e 59 anos já fumaram maconha. Descontados os menores de idade, seriam 7,8 milhões de pessoas. Perto de 3,4 milhões haviam usado no ano anterior.
Como se trata de droga ilegal, poderíamos considerá-los criminosos, portanto passíveis de prisão. Quantas cadeias seriam necessárias? Quem aceitaria ver o filho numa jaula superlotada, porque foi pego com um baseado?
Legalizar, entretanto, não é empreitada corriqueira, como atestam as experiências do Colorado, Washington, Holanda e Uruguai.
Na década de 90 Portugal enfrentou uma guerra contra o marco tráfico a onde aconteceu a pior epidemia de drogas em sua história e a mais grave na Europa. Portugal chegou a ter 150 mil viciados em heroína, quase 1,5 da população. Em 2001 o governo