legalidade e ilegalidade da legalização do aborto
O aborto é um assunto muito polêmico, principalmente no campo ético. Existem tanto movimentos a seu favor como o de legalização do aborto induzido chamado pró-escolha - que defende a dignidade da maternidade da mulher, os direitos reprodutivos, o acesso à educação sexual, a contracepção, e os tratamentos de fertilidade – quanto contra, como o movimento pró-vida, defende o direito à vida do embrião, e atuam com campanhas esclarecendo mães sobre os perigos do aborto.
Os movimentos engajados na legalização do aborto, além de defenderem o direito de abortar a gravidez, listam benefícios trazidos com este não só à mulher, mas também à toda sociedade, com a diminuição de clínicas clandestinas, criação de clínicas legalizadas, aumento da segurança dos procedimentos abortivos, diminuição de gastos no SUS em atendimentos por complicações pós-aborto, queda do número de mortes pelo procedimento, e o controle populacional.
Argumentações contra o aborto incluem a banalização da prática se legalizada, a banalização da vida consequentemente, os problemas e complicações que o aquele pode causar; desde os mais leves como diarreias, náuseas e vômitos, até infecções, hemorragias e óbito, e problemas psicológicos, como a síndrome pós-abortiva. Alguns estudos tentam relacionar o câncer de mama ao aborto, bem como provar que o feto sente dor mesmo no ventre materno, e apesar de serem pesquisas inconcluídas, são usadas como fatores negativos.
No Brasil, o aborto é considerado crime contra a vida, mas de acordo com a legislação é permitido em casos de gravidez por estupro, ou que colocam a vida da mãe em risco. De acordo com o artigo “Estimativas de aborto induzido no Brasil e Grandes Regiões (1992-2005)”, escrito por Mario Francisco Giani Monteiro e Leila Adesse, em 2005, foram registrados 1.054.242 abortos induzidos, e 20% das mulheres tiveram que ser hospitalizadas em consequência de complicações.
A legalização do