Lee, dorothy. codificações lineares e não-lineares da realidade.
Maria C. da Fonseca Costa
PUC-Rio
Lee, Dorothy. CODIFICAÇÕES LINEARES E NÃO-LINEARES DA REALIDADE.
• A autora conta sobre uma pesquisa que foi feita nas Ilhas Trobriand, onde a apreensão não-linear da realidade contrasta com nossa percepção linear da mesma.
• “[...] A suposição não é de que a própria realidade seja relativa, mas de que é diferentemente pontuada e categorizada por participantes de diferentes culturas, ou que os seus diferentes aspectos são por eles notados, ou são-lhes apresentado.” (p.166)
• “[...] O meu estudo foi iniciado com uma análise da formulação lingüística, só porque acontece ser na linguagem que estou mais habilitada a descobrir as minhas pistas.” (p.167)
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1. Diversidade de Codificação
• “Que a palavra não é a realidade, não a coisa que representa, constitui há muito tempo um lugar-comum para todos nós.” (p. 167)
• “[...] Cada cultura fraseou a realidade de um modo diferente.” (p.167)
• “Quando citei quatro palavras para esse objeto, todos nós conhecemos a que realidade elas se referem; conhecemos o significado da palavra.” (p.167)
• “[...] Vamos para as ilhas de Ontongue Java para estudar o sistema de parentesco.” (p.168)
• “[...] Perguntamos ao nosso informante o que ele chama à sua irmã e ele respondeu ave; a seu irmão chama kainga. Assim igualamos ave com “irmã” e kainga com “irmão””. (p.168)
• “[...] perguntamos à irmã que nome dava ao seu irmão; resultou que, para ela, ave é “irmão”, não “irmã”, como seria de esperar, e que é à irmã dela que dá o nome de kainga.” (p.168)
• “Porque em nossa cultura designamos os parentes de acordo com definições formais e relações biológicas.” (p.168)
• “Os ontongues-javaneses denominam de acordo com seu comportamento e experiência cotidianos, não em obediência a uma definição formal.” (p.168)
• “[...] Kainga significa uma relação de existência tranqüila, despreocupada, plenamente compartilhada, ou informalidade, alegria; ave