Leal
Júlio Cezar Costa - Vitória(ES) - 30/07/2008
Foi Sir Robert Peel, um inglês, quem criou em 1829 a Polícia Metropolitana de
Londres, isto depois de observar a anarquia e a perturbação coletiva em sua sociedade, sendo mundialmente o precursor do policiamento comunitáriointerativo, onde policiais e cidadãos trabalham em conjunto.
Ele acreditava que o uso da força era um privilégio do cargo e que a mesma não deveria ser modelo de policiamento. Peel sepultou os atos repressivos da polícia inglesa.
Como no Brasil de hoje, naquele tempo a desigualdade social na Inglaterra era enorme e o distanciamento entre os ricos e pobres era abismal. Peel entendia que os serviços policiais deveriam ser prestados em tempo integral, bem como serem financiados pela Coroa.
A Polícia Metropolitana de Londres nasceu disciplinada, organizada militarmente, porém com a investidura civil para os seus membros. Segundo
Cecília Minayo, a polícia inglesa se organizou a partir de uma crítica à tirania da polícia francesa.
É notório que a reforma da polícia no mundo teve o seu início com a criação da Polícia Metropolitana de Londres, sendo ainda hoje extremamente atual, a principiologia adotada à época para a modelagem inédita da segurança pública do Reino Unido.
O novaz modelo inglês lançou os alicerces da abordagem proativa que busca a história do crime, conhecendo os seus atores principais, seus locais habituais de ocorrência, suas causas e as soluções para evitá-lo, enquanto na abordagem reativa a polícia responde a cada incidente toda vez que ela é acionada pela central de operações, sem, contudo se preocupar com a história do incidente criminal.
Os nove princípios de Peel são: 1- a prevenção, 2- a necessidade de respeito público, 3- a cooperação do público para com a polícia, 4- a diminuição do uso da força física, 5- a imparcialidade da polícia, 6- o esgotamento de todas as possibilidades antes de qualquer ação de força, 7- a interação com a