Le goff
Jacques Le Goff
A escrita da história ao longo do tempo passou por diversas mudanças, pincipalmente depois do advento da Revista dos Annales, fundada por Lucien Febvre e Bloch, que criticava a história por estar profundamente voltada aos fatos políticos. A Escola dos Annales possibilitou novas perspectivas para o campo da história política, social, econômica e cultural. Assim, com a Nova História novos temas, novas abordagens e fontes, além da integração com outras disciplinas, principalmente as ciências sociais está voltada a estudos que entrariam nas áreas da Historia Cultural e Social, da História das Mentalidades, História do Marginais e Imaginário. A historiografia das mentalidades que não só deu voz a um sujeito silenciado da história mas também à “outra parte”, procurando dar a história um caráter mais científico, voltando a atenção para as ciências sociais, procurando também formular uma história global do social, mostrando suas distinções e vínculos em diferentes áreas e níveis sociais, dando ênfase a temas voltados para questões econômicas, geográficas ou demográficos e ainda a mentalidade coletiva, deixando um pouco de lado fatos considerados isolados, olhando mais para os fatos coletivos do sócio histórico. Phillipe Aries, ao analisar a história das mentalidades, considera três gerações de autores: a 1ª geração entorno de Febvre e Bloch, os fundadores dos Annales; 2ª geração que surgiu posteriormente à segunda guerra mundial com uma produção voltada para a história econômica, demográfica e a 3ª geração a que produz na atualidade. Ou seja, a história deixou de abarcar uma totalidade dos fatos para finalmente se afirmar como gênero autônomo na terceira geração a partir de uma produção historiográfica pautada em e questões de do contexto social mais vasto. Essa nova forma de pensar os fatos históricos surgiu objetivando fugir da história historicizante, ou seja, uma história que não se relacionava com a antropologia, a