Le Corbusier
Em sua segunda visita ao Brasil (1936), Le Corbusier é convidado para opinar sobre o projeto da Cidade Universitária e sobre o novo edifício para o Ministério da Educação e Saúde. No prazo de um mês, finaliza um anteprojeto para a Cidade Universitária, na Quinta da Boa Vista, auxiliado por Oscar Niemeyer. No entanto, o projeto não é aprovado pela Comissão do Plano da Cidade.
Para Le Corbusier, o plano para o Rio de Janeiro seria um grande manifesto nascido de suas impressões, somando razão e sentimento. Em seu plano, faz um enorme viaduto-habitado. Ele o concebe como uma enorme via expressa aérea, onde o espectador contempla como num filme a cidade existente e a paisagem.
A idéia, segundo o arquiteto Lúcio Costa, era deixar tal qual o que havia e fazer uma cidade nova, uma cidade alta que não afetasse a existente. Fazer aquele viaduto a cerca de 15m de altura, com uma estrutura robusta e sobre uma estrutura de concreto ou metálica, leve, para criar os terrenos artificiais. Depois, cada um faria dentro desse arcabouço arquitetonicamente definido o que entendesse, dando possibilidade tanto à iniciativa privada quanto à municipalidade de atacarem a obra, por segmentos de prumadas.
Segundo, ainda, o arquiteto Lúcio Costa, Le Corbusier já havia visto que fatalmente o problema da habitação iria surgir. Com esse empreendimento se resolvia parte da ligação viária, como se fosse um metrô aéreo, tendo de espaço em espaço as descidas, com elevadores de grande porte, em estações que estivessem de 500 em 500 metros ou de um