Layout
1. INTRODUÇÃO
O mercado coureiro calçadista é um dos mais competitivos do Brasil, devido ao grande número de empresas estabelecidas no país, cujo mix atual de produtos varia constantemente, alterando tipos de artigos, estampas, acabamentos e cores, flutuando com a tendência da moda nacional, que é influenciada fortemente pelos lançamentos internacionais. Os lotes de produção são, portanto, cada vez mais menores e variáveis (TREIN, 2001). Em um ambiente organizacional, sobretudo aqueles que querem tornar-se competitivos, otimização e o aprimoramento dos recursos internos são quesitos passíveis de aplicação dos princípios do Just – in- Time (JIT) com fins de melhoramento produtivo e competitividade mercadológica.
O JIT surgiu após a Segunda Guerra Mundial, na Toyota Motor Company. É também conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP) e tem como função precípua eliminar custos através da eliminação das perdas, ou seja, atividades que geram custo e não agregam valor ao produto. O STP ainda é conhecido como produção enxuta por usar menos recursos em comparação com a produção em massa.
A produção enxuta combina as vantagens da produção de variedade de produtos (mix de produtos) e produção em massa (baixos preços). Para tanto, apóia-se nos princípios da manufatura celular, em particular na reorganização de layouts produtivos, no treinamento para formação de trabalhadores multifuncionais e na padronização/revisão contínua das operações (WEMMERLÖV & HYER, 1989; SPENCER & GUIDE, 1995; MONDEN apud MILTENBURG, 1998). O layout celular conjuga dois importantes benefícios dos layouts lineares e funcionais. Primeiro, através da tecnologia de grupo, reúne equipamentos e produtos afins, proporcionando ganhos de escala típicos da produção em linha. Segundo, através da reorganização física de equipamentos aproxima trabalhadores promovendo a multifuncionalidade e a flexibilidade da força de