Lavra a ceu aberto
Minas de diamantes em Minas Gerais, Brasil, durante o século XVIII.
Desde os primórdios da civilização, o Homem usou pedra, cerâmica e, mais tarde, metais encontrados junto à superfície da Terra, para fabricar ferramentas e armas. Por exemplo, o sílex de alta qualidade encontrado no Norte de França e no Sul da Inglaterra era utilizado para ignições e para partir rocha. Foram descobertas antigas minas de sílex nas regiões calcárias, nas quais foram explorados veios subterrâneos de minério, através da escavação de poços e galerias subterrâneas. Segundo os registos arqueológicos, a mais antiga mina conhecida é a da Cova do Leão na Suazilândia. Neste local, que foi datado como tendo 43 000 anos através da datação por radiocarbono, os humanos do Paleolítico mineralizaram minério de hematite, o qual continha ferro e era utilizado para produzir o pigmento ocre.
Os antigos Romanos foram grandes inovadores na engenharia de minas, desenvolvendo métodos de mineração em larga escala. Desenvolveram especialmente o uso de grandes volumes de água transportados até às explorações mineiras por aquedutos. A rocha exposta era aquecida pelo fogo e em seguida molhada com água, causando um choque térmico que fazia com que a rocha se rachasse, permitindo a sua remoção. Em algumas minas, os Romanos utilizavam máquinas hidráulicas, como as rodas de água usadas nas minas de cobre de Rio Tinto no Sudoeste de Espanha, para extrair água a cerca de 25 m de profundidade.
A pólvora foi usada, pela primeira vez, na mineração em 1627, nas minas de Banská Štiavnica, na atual Eslováquia. A utilização de explosivos passou a permitir rebentar com a rocha e com a terra, libertando e revelando veios de minério e uma forma muito mais rápida que o antigo sistema de choque térmico com fogo e água. A Revolução Industrial levou a mais avanços tecnológicos na engenharia de minas, incluindo a introdução de explosivos mais aperfeiçoados, de bombas a vapor, elevadores e brocas.
Em 1765, em