Lavoisier
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Com essa frase Lavoisier definiu, baseado em reações químicas, a famosa lei da conservação da matéria.
Com suas pesquisas e obras, o cientista francês revolucionou a imagem da química moderna - suas contribuições foram fundamentais. Ao publicar, com outros estudiosos, o "Método de Nomenclatura Química", provocou uma reforma radical na linguagem desse ramo da ciência - a terminologia criada por ele para as substâncias químicas é semelhante à que se usa nos dias atuais.
Seu "Tratado Elementar da Química" nivelou a química com a física, como ciência específica e quantitativa, distanciando-a definitivamente da alquimia. A obra tornou-se um clássico e logo foi traduzida para vários idiomas - isso em pleno século 18.
Antoine Lavoisier foi o primeiro a observar que o oxigênio, em contato com uma substância inflamável, produz a combustão. Pertence a ele a constatação de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio. Foi uma comprovação surpreendente para uma época em que a água era tida e aceita como substância simples, ou seja, impossível de se decompor.
Nessa pesquisa ele completou os estudos de John Priestley (1733-1804), químico inglês autor de experimentos pioneiros com gases, em especial o que hoje chamamos de oxigênio, e de Henry Cavendish (1731-1810), outro químico inglês, famoso por ter reconhecido o gás que atualmente é denominado hidrogênio.
Embora fosse brilhante, Lavoisier por vezes seguia os passos bem-sucedidos de outros pesquisadores e tentava englobar para si todo o mérito das descobertas. Quando estudante, ele declarou: "Sou jovem e ávido por glória".
Filho de família nobre, foi educado de forma tradicional. Formado em Direito, nunca exerceu a profissão: era fascinado pela ciência. Ganhou um prêmio, ainda na escola, ao iluminar as ruas de Paris. Criou um novo método para preparar salitre, um dos ingredientes da pólvora,