Laudos
A galvanização consiste em um processo de revestimento da superfície de uma peça, geralmente metálica, por outro metal, visando a alterações de algumas de suas características, tais como cor, brilho, rigidez e resistência à corrosão. Na galvanização, por deposição eletrolítica, as peças são mergulhadas em um banho composto por sais do metal, que as revestirá, além de aditivos que permitem uma melhor aderência do metal à sua superfície. Nos banhos galvânicos, está presente uma série de substâncias que, dependendo das concentrações, implicam grandes riscos à saúde e ao meio ambiente. Os efluentes provenientes dos banhos galvânicos são, geralmente, tratados para descarte por precipitação dos metais, seguida de correção do pH de forma a atender à Deliberação Normativa COPAM, 1986. No entanto, esse procedimento leva à produção de um resíduo sólido, que não pode ser descartado de forma tão simples. A quantidade de resíduo gerada é tão grande e os custos de seu descarte são tão altos que a maior parte das empresas do ramo possui estocadas dezenas de toneladas aguardando destinação. Esse fato é agravado pela escassez de aterros classe I, sendo que os poucos que existem estão distantes dos pólos produtores (alto custo no transporte). Além disso, existe a responsabilidade perpétua pelo passivo ambiental de todo o resíduo descartado nesses aterros. Diante disso, surgiu um problema para as empresas desse ramo: o que fazer com estes resíduos? (Rossini & Bernardes, 2006; Pasqualini, 2004; Bernardes et al., 2000).
A periculosidade de um resíduo sólido é descrita pelas normas ABNT NBR10004/2004 e ABNT NBR10005/2004. Nesse documento, o processo ou atividade que deu origem ao resíduo e a composição e concentração de determinados componentes, cujo impacto quanto à saúde e ao meio ambiente é conhecido, são analisados em conjunto. Dessa análise, ocorre o enquadramento do resíduo em categorias diferenciadas, as quais lhes conferem a classificação de perigoso (classe I)