laudo medico legal
O câncer do colo do útero configura-se como um importante problema de saúde pública no mundo, e atualmente no Brasil, essa neoplasia situa-se como a quarta causa de morte por câncer entre as mulheres e é o segundo tumor mais frequente entre as mesmas ficando atrás apenas do tumor de mama. Têm em sua gênese determinantes ambientais e genéticos (INCA, 2012)
O câncer do colo do útero caracteriza-se por um crescimento celular desordenado e não controlado pelo organismo e que acomete uma parte específica do útero - o colo, que está em contato com a vagina. Tem em sua história natural uma afecção iniciada por transformações intraepiteliais progressivas que podem evoluir para lesão cancerosa. A neoplasia intra-epitelial provoca um desarranjo nas camadas de células epiteliais pavimentosas que revestem o colo uterino e que normalmente são arranjadas de forma ordenada. Essa desorganização caracteriza-se por alterações que vão desde núcleos mais corados até atípicas divisões celulares, podendo estar presente também alterações típicas de infecções pelo HPV. As infecções genitais associadas ao papiloma vírus humano de alto risco e o comprometimento da resposta imune celular estão envolvidos no processo de transformação maligna. Uma vez que essas alterações invadem o tecido conjuntivo abaixo do epitélio, elas denominam-se carcinoma invasor (MELO, 2012).
Esse desarranjo das células epiteliais podem acometer camadas mais basais (neoplasia intraepitelial cervical – NIC I); até três quartos de espessura do epitélio com preservação das camadas superficiais – NIC II; ou desarranjo pode acometer todas as camadas NIC III (INCA, 2002).
2 EPIDEMIOLOGIA
Segundo dados do Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), alguns tipos de tumores malignos com grande potencial de prevenção primária demonstraram estabilidade no decorrer do último ano entre as regiões geográficas do país, como a exemplo do câncer do colo de útero. Dentre as onze cidades