Laringe
1 INTRODUÇÃO
As principais características anatômicas da laringe estão desenvolvidas ao redor do terceiro mês de vida embrionária1 sendo constituída por: osso hióide, membrana tireoióidea, epiglote, pregas ventriculares (pregas vestibulares ou falsas cordas vocais), pregas ariepiglóticas, ventrículos de Morgani, cartilagens e pregas vocais2. A musculatura intrínseca da laringe atua diretamente na fonação, sendo formada por grupos musculares com origem e inserção na própria laringe. Todos os músculos laríngeos são pareados e têm sua ação feita em comunhão com o parceiro contralateral. A grande divisão se dá quanto à capacidade de abrir e fechar a glote (espaço delimitado pelas pregas vocais). Na adução ou fechamento da glote, temos os músculos intearitenóideos transverso e oblíquo e cricoaritenóideos laterais. Na abdução ou abertura da glote, temos o músculo cricoaritenóideo posterior. A musculatura extrínseca da laringe possui inserção fora desta e interfere de modo indireto na fonação3.
Histologicamente, a prega vocal é composta por mucosa e músculo. A mucosa consiste em epitélio e lâmina própria, a qual é dividida em três camadas: superficial, intermediária e profunda. O tecido na lâmina própria torna-se mais rígido à medida que se aproxima do músculo, apresentando assim propriedades mecânicas diferentes e possibilitando uma expressão vocal muito rica1. As dimensões das pregas vocais variam de 6 a 8 mm na infância, de 12 a 15 mm na puberdade, de 12 a 17 mm no adulto do sexo feminino e de 17 a 23 mm no adulto do sexo masculino2.
Assim a função fonatória muda continuamente desde o nascimento até a velhice, com as mudanças mais significantes entre o nascimento e a puberdade e, posteriormente, na velhice. Estas mudanças diferem significativamente entre os sexos4.
Flutuações nos níveis dos hormônios sexuais iniciadas na puberdade, com a