LANA Em 1990

Em 1990, Gil revisou diferentes pesquisas realizadas sobre as relações entre professor e aluno, e verificou a existência de dois grandes grupos de trabalhos que se distinguem pela ênfase dada ora ao rendimento do aluno, e ora ás características da interação entre professor e aluno. A consideração da relação enquanto sistema requer um deslocamento de foco e análise, na direção de um olhar bidirecional. O professor deixa de ser o único responsável pelos resultados alcançados no processo de ensino e aprendizagem, e constata-se que o que o aluno faz exercer influência sobre a ação do professor. Faz-se então necessário, compreender como funciona e quais são os papéis desempenhados nessa relação. No que se refere ao seu funcionamento, Aranha e Laranjeira (1995) mencionam que a relação professor e aluno está configurada por uma assimetria, no que se refere ao nível de escolaridade, quanto a experiência de vida, habilidades sociais e complexidade intelectual. Diferenças, que pontuam os diferentes papeis que ambos exercem. É fato que o comportamento do professor, seu jeito de pensar, agir e sentir repercutirá no modo de ser dos alunos, bem como a imagem e a concepção que o aluno tem do professor irá interferir na ação do professor. A escola se torna inclusiva á medida que reconhece a diversidade que constitui seu alunado e a ela responde com eficiência pedagógica. A construção de uma sociedade inclusiva é de fundamental importância para o desenvolvimento e a manutenção de um estado democrático. Há que se flexibilizar o ensino, adotando-se estratégias diferenciadas e adequando a ação educativa ás maneiras peculiares dos alunos aprenderem, atender á diversificação de necessidades dos alunos na escola (BRASIL, 1999). Sabe-se que desde o movimento pela construção de sistemas educacionais inclusivos foi se fortalecendo, inclusive amparado legalmente, alunos com deficiência começaram a ser matriculados e afrequentar classes regulares no ensino comum. A inserção destes