Laicismo no estado brasileiro
1.1 O SURGIMENTO DO PODER POLÍTICO DA IGREJA.
Com a morte de Jesus, surge o cristianismo, tendo como filosofia a prática do amor ao próximo como a si mesmo, e a igualdade entre as pessoas perante a Deus. Tal crença começou a se espalhar a partir de Jerusalém, chegando ao oriente médio, e posteriormente em toda a Europa, conquistando muitos seguidores, em especial os pobres e os escravos.
O Império Romano, maior império da idade média, dominou toda a parte ocidental e central da Europa, o norte africano e o ocidente asiático, tendo como base de sua economia a escravidão. Após a disseminação do cristianismo entre os escravos romanos, estes passaram a questionar a divindade do imperador e a não aceitar serem tratados daquela forma.
Com a ascendência do cristianismo em Roma, em 64 d.C., o imperador Nero decide proibir a prática do cristianismo, aplicando a pena de morte aos seus seguidores, porém quanto mais perseguidos e sacrificados eram os cristãos, mais pessoas passaram a se converter, inclusive soldados, generais e a própria aristocracia romana.
Diante de um quadro ascendente e irreversível, o imperador Constantino resolve legalizar a prática do cristianismo. Em 325 d.C. é realizado o Concílio de Nicéia, que estabeleceu alguns dos principais dogmas cristãos como: o distanciamento entre o Homem e o Cristo, a idéia de uma humanidade “corrompida pelo pecado original” e a defesa de que para ser salvo bastava obedecer aos padres da Igreja, pois estes eram os únicos intermediários entre Deus e o povo, selando definitivamente a união entre a Igreja e Roma.
A promoção da ignorância do conhecimento, através da mistura conveniente das práticas do paganismo, a criação de símbolos da nova Igreja Romana e a supressão de todas as filosofias contrárias aos interesses da Igreja e do império, contribuíram para o fortalecimento do poder do imperador.
Por fim, em 27 de fevereiro de 380 d.C., o imperador Teodósio I, assina o Édito de