Laicidade, homofobia e eleições 2012
por Silvanio Mota*
As eleições do próximo domingo, 07, irão eleger os prefeitos municipais evereadores para o período 2013-2016. Um bom momento para refletirmos sobre os temas homofobia e laicidade do Estado.
A homofobia (ódio, aversão, temor aos homossexuais) é sempre tema latente em todos os processos eleitorais, especialmente após as conquistas do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) no mundo, no Brasil e aqui no Tocantins. Os homofóbicos de plantão agem sempre rápido, manipulam parte do eleitorado para ganhar votos, divulgam inverdades e espalham o temor. Grande parte desse grupo são formados por religiosos fundamentalistas, que são aqueles que acreditam apenas no seu próprio fundamento, como único verdadeiro. A perseguição desse povo é tanta, que históricos aliados do movimento lgbt passam por imensas dificuldades em se elegerem nas suas bases. O caso mais emblemático é o que passa a ex-senadora Fátima Cleide – PT, em Porto Velho/RO, que tenta se eleger prefeita daquela capital. São tão deploráveis, que evitarei aqui comentar os métodos sórdidos que seus inimigos estão utilizando na campanha, acusando-a de patrocinar no Congresso Nacional libertinagens e toda sorte de sem-vergonhices.
Aqui no Tocantins a situação não é lá tão diferente. Todos os candidatos a prefeito de Palmas, por exemplo, assinaram carta compromisso com as questões LGBT do município, proposto pela ONG GIAMA, porém sem nenhum jamais divulgar, comentar ou defender tais projetos e ideias em seus programas eleitorais no horário eleitoral de rádio e tv. “Tá doido”, disse-me o assessor de um deles. Na Câmara Municipal de Palmas dorme desde 2009, um projeto do vereador Bismarque do PT, que descriminaliza a homofobia no município Palmas. Visivelmente nem o próprio autor do projeto tem coragem de levá-lo adiante, tamanho medo da dita “bancada religiosa” que atua naquela Casa.
O Executivo também se omite totalmente. Um