Lagoa anaeróbia em indústrias de refrigerante
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS
CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS
VALÉRYA CARNEIRO TELES
LAGOA ANAERÓBIA EM INDÚSTRIAS DE REFRIGERANTE
Trabalho apresentado à professora Zilda Sales, docente da disciplina Tecnologia do Açúcar e Álcool.
PALMAS
FEVEREIRO DE 2012
1. INTRODUCÃO
Constituem-se em uma forma alternativa de tratamento, onde a existência de condições estritamente anaeróbias é essencial. Tal é alcançado através do lançamento de uma grande carga de DBO por unidade de volume da lagoa, fazendo com que a taxa de consumo de oxigênio seja várias vezes superior à taxa de produção. No balanço de oxigênio, a produção pela fotossíntese e pela reaeração atmosféricas são , neste caso, desprezíveis.As lagoas anaeróbias são responsáveis pelo tratamento primário dos esgotos. Elas são dimensionadas para receber cargas orgânicas elevadas, que impedem a existência de oxigênio dissolvido no meio liquido. Sua profundidade varia de 3,0m a 4,5m e o tempo de detenção hidráulico nunca é inferior a 3 dias. Não requerem qualquer equipamento especial e têm um consumo de energia praticamente desprezível. A conversão da matéria orgânica em condições anaeróbias é lenta, pelo fato das bactérias anaeróbias se reproduzirem numa vagarosa taxa. Isto,por seu lado, é advindo de que as reações anaeróbias geram menos energia que as reações aeróbias de estabilização da matéria orgânica. A temperatura do meio tem grande influência nas taxas de reprodução da biomassa e conversão do substrato, o que faz com que regiões de clima quente se tornem propícios a este tipo de lagoas. Por não haver oxigênio dissolvido em seu meio liquido, a material orgânica ali presente é digerida anaerobicamente. Fazendo uma analogia a uma estação de tratamento de esgotos convencional, a lagoa anaeróbia representa o decantador primário e o digestor anaeróbio. A decantação do esgoto gradeado, afluente a essa lagoa, permite a sedimentação de parte dos sólidos, os quais são