Lactose
O leite humano contém de 6-8% e, o de vaca, de 4-6%. É hidrolisada pela ação da lactase, uma beta-galactosidase sendo considerada portanto como um beta-galactosídeo. É fracamente doce. As leveduras não a fermentam, mas podem ser adaptadas para fazê-lo. Lactobacilos a transformam em ácido lático.
Intolerância à lactose
Na maior parte dos mamíferos, a enzima responsável pela sua hidrólise (a lactase) só é sintetizada durante o período de aleitamento. Na ausência de lactase, a lactose não pode ser digerida, tornando-se por isso uma fonte de alimento abundante para a flora intestinal (que então começa a crescer descontroladamente), e originando por isso náuseas e vómitos, assim como diarréia (por afetar a osmolaridade do intestino delgado).
A capacidade de digerir a lactose divide a humanidade em dois grupos fenotípicos: os capazes de digerir a lactose, também chamados de lactase-persistentes (LP), e os incapazes de digerir a lactose ou lactase-não-persistentes (LNP). A deficiência de lactase está presente em até 15% da população de descendência européia, até 80% dos latinos e afro-descendentes e em até 100% dos índios americanos e asiáticos. Mas mesmo os lactase-não-persistentes podem se adaptar à intolerância através da flora bacteriana intestinal.1
No caso dos neandertais adultos, acredita-se que não eram capazes de processar a lactose, fato que também ocorre com parte dos humanos modernos, que desde a domesticação do gado desenvolveram a capacidade (por mutação) de continuarem a sintetizar a lactase durante toda a vida.2