Lactobacillaceae
A população microbiana de bactérias produtoras de ácido lático no intestino depende do tipo de animal e do regime alimentar, consistindo de vários gêneros e espécies.
Os seguintes gêneros estão na família Lactobacillaceae:
Lactobacillus (62 espécies),
Leuconostoc (seis espécies),
Pediococcus (oito espécies),
Streptococcus (29 espécies) e
Lactococcus (três espécies) (Cruywagen et al., 1996).
Os lactobacilos são bactérias anaeróbicas facultativas, e podem utilizar a maioria dos carboidratos como fonte de energia; o principal produto final de fermentação é o ácido lático (Wu, 1987). O uso de lactobacilos tem-se dado, principalmente, na alimentação de monogástricos e bezerros jovens.
A sua utilização baseia-se no fato de que estresse e doenças alteram o equilíbrio de microorganismos no trato intestinal e favorecem a proliferação de patógenos. Os Lactobacilos criam um ambiente desfavorável aos patógenos, como Staphylococcus aureus, Salmonella sp. e Escherichia coli enteropatogênica.
Várias teorias foram desenvolvidas para tentar explicar o processo, incluindo a redução do pH, por causa da produção de ácido lático e peróxido de hidrogênio; produção de bacteriocinas por lactobacilos e estreptococos; inibição da atividade de enterotoxinas; e adesão à parede do trato intestinal, evitando colonização por patógenos; Lactobacillus sp. pode também produzir amilase, auxiliando na digestão do alimento.
Para que os lactobacilos sejam eficazes, alguns critérios devem ser atendidos:
1) animal suplementado deve estar sob estresse – assim, animais mantidos em condições sanitárias muito boas têm menor probabilidade de responder à suplementação com