Lactato
Avaliamos a habilidade do lactato de modular o PFK e descobrimos que o lactato inibiu o PFK ao analisarmos os tecidos sob condições gerais. A exposição aguda de 10 mM de lactato não exerceu efeitos no PFK ativo em músculos cardíaco e esquelético . Entretanto, observamos uma redução de 20% e 33% na atividade de PFK no fígado e nos rins , respectivamente. Ao contrário da exposição aguda do lactato, sua pré incubação por três horas inibiu a atividade de PFK nos músculos esquelético e cardíaco. Porém, no fígado e nos rins , a pre incubação não causou uma redução significativa da atividade de PFK. Para avaliar se a capacidade do lactato de inibir o PFK depende da presença de hormônios que estimulam a via glicolitica, tecidos de ratos isolados foram incubados em um buffer contendo 4,5 mM de glicose com 100 nM de insulina . Observamos que depois da exposição à insulina, a habilidade de inibição do lactato foi perdida , independentemente do tipo de tecido observado e do tempo de exposição. A única exceção foi encontrada no músculo esquelético , onde observamos uma redução de 52% na atividade de PFK , quando incubado com 10 mM de lactato, mesmo com a presença da insulina. A insulina pode promover um aumento da síntese intracelular de frutose 2,6 bifosfato, um conhecido positivo fator alosterico de PFK . Portanto, é possível que o aumento da síntese de F2,6BP desencadeado pela insulina possa contrabalancear o efeito inibitório do lactato na atividade do PFK .
Para avaliar se o F2,6BP é capaz de reverter o efeito inibitório do lactato sob o PFK , tecidos isolados de ratos foram pre incubados com ou sem 10 mM de lactato por 3 horas e posteriormente tratado com 100 nM de F2,6BP. Como já era esperado, o PFK foi ativado na segunda condição de incubação . Como mostrado na figura 2 , a atividade de PFK no músculo esquelético , coração, fígado e rins foi aumentada em 148%,156%,132% e 134% , respectivamente. Entretanto, o efeito estimulador