Lacan
Discurso do Método Psicanalítico
Segundo Jacques Alain Miller ao recebermos um novo paciente damos-lhe “boas vindas”; tanto por razões de dinheiro como por interesse de iniciar uma nova investigação, um novo tratamento.
Devemos lembrar que aquele que nos procura como analista, para tratamento, não é um sujeito, mas alguém que quer ser um paciente.
Na prática psiquiátrica ele pode ser designado pela família, pelos outros, pelas instâncias sociais que lhe disseram para se tratar. Não é a mesma coisa na prática analítica, com exceção da análise com crianças, geralmente escolha dos pais ou de outros.
Temos uma diferença clara entre o paciente psiquiátrico, designado pelos outros, e o da psicanálise. Que significa para o psicanalista estar diante de alguém que gostaria de ser seu paciente?Em analise não há paciente a revelia de si mesmo.
Em psicanálise, a primeira avaliação é feita pelo paciente, é ele quem primeiro avalia seu sintoma, chega ao analista após a auto avaliação de seus sintomas e pede ao analista um aval para esta avaliação.
O ato analítico começa ao avalizar esta auto avaliação.
Na prática analítica o paciente é quem procura o tratamento e quando ele chega já tem uma auto avaliação de seu problema. O ato analítico começa ao avalizar esta auto avaliação.
Este primeiro tempo é chamado de entrevistas preliminares, é o tempo de estruturação das boas vindas. Este tempo pode se estender por uma semana, um mês ao até mais, não existe um padrão. Podemos distinguir três níveis das entrevistas, cada um deles entrando no seguinte, sem haver a separação completa, pois eles se superpõem.
A avaliação clínica
A localização subjetiva
Introdução ao inconsciente
Existem vínculos entre estes níveis e vamos chamá-los entre (1) e (2) de subjetivação e entre (2) e (3), de retificação.
Os três níveis das entrevistas preliminares:
1) A avaliação clínica
Subjetivação
2) A localização subjetiva
Retificação
3)