Laborat rio II complemento
Luís Baltazar
Complemento
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A influência dos Estados Unidos da América na estratégia e definição da Política externa de Cuba:
O Fim da História?
Há mais de vinte e cinco anos, Francis Fukuyama1 reintroduziu no debate o conceito de que o mundo caminharia no sentido monótono da estagnação. A conjuntura unipolar, saída da Guerra Fria e o consequente desmoronar da União Soviética e com ela de todo o bloco de leste, constituiu um marco no desenvolvimento das relações socioculturais.
Antes, já Hegel ou mesmo Marx – ainda que com fins distintos –, defendiam a ideia de que “a evolução das sociedades humanas não era ilimitada. Pelo contrário, terminaria quando a humanidade alcançasse uma forma de sociedade que pudesse satisfazer suas aspirações fundamentais”. O capitalismo estender-se-ia sem precedentes. O fim da história, segundo o filósofo, chegaria com ao leme da globalização. Da propagação do conceito de democracia liberal e a progressiva decadência do comunismo. Claro que subsistiram redutos, pontualmente isolados que, aqui e ali, peleavam por uma alternativa de modelo social que não fosse o da tradição norte-americana ou, noutros casos, remontante aos ideias extraídos da Revolução Francesa. Cuba foi, sem dúvida, um desses baluartes. Mas fazer uma afirmação desta natureza comporta riscos e traz necessariamente dissabores futuros. Ao caso em estudo nem tanto. Após mais de 5 décadas de costas voltadas, os EUA e Cuba aparentam querer encerrar um dos últimos capítulos da história que nos falava Fukuyama.
Os Estados Unidos funcionaram como uma espécie de barómetro da ação política e das relações externas de Cuba. Na maioria das vezes como um manual do que evitar fazer.
Onde estavam os EUA era inimaginável encontrar Cuba. Resultado de uma confrontação constante e prolongada foi que ambas as Nações saíram prejudicadas. Todos perderam.
Não é possível prever quão diferente seriam as coisas assim como a