Lab PMM
Introdução:
O corpo de prova sofre mudanças durante um ensaio de tração, devido a carga aplicada. A área da secção transversal muda continuamente, bem como seu comprimento. Em um ensaio de tração real leva-se em consideração essas mudanças da área do corpo, ao contrário do ensaio de tração convencional (no qual é considerada apenas a área inicial da secção transversal do corpo de prova). Assim, a partir da região plástica a curva do gráfico TENSÃO x DEFORMAÇÃO da tração real possui valores de tensão maiores que o da tração convencional, uma vez que a tensão é inversamente proporcional à área.
A tensão real é dada por: σ = 4Pi/ πDi²
A deformação é dada por: ɛ = 2ln(D0/Di)
A curva real pode ser representada pela expressão: σ = k.ɛn (1)
Onde: k é coeficiente de resistência; n é o coeficiente de encruamento.
O coeficiente de encruamento assume valores de n = 0 a n = 1. Para n = 0 o material é perfeitamente plástico, enquanto que para n = 1 é perfeitamente elástico. Para valores de n entre 0 e 1, o material é elasto-plástico que é a forma mais comum.
A constante k e o expoente n dependem do material, da temperatura do tratamento térmico e da deformação.
Para encontrar os valores de k e n, transforma-se (1) em logaritmo e traça-se o gráfico.
Log σ = log k + log ɛ (2)
O valor de n é dado pela inclinação da reta e k é obtido para log ɛ = 0.
Materiais e Métodos:
Os materiais utilizados nesse experimento foram:
- Maquina universal ajustada para o ensaio de tração real.
- corpo de prova: Aço 1020 recozido.
Figura 1 – Corpo de prova na máquina de ensaio
Métodos:
Fazer 3 medidas do diâmetro inicial (Do) e utilizar o valor médio, e medir o comprimento (Lo) do corpo de prova, antes de efetuar o ensaio. Após a medição, colocar o corpo de prova na máquina de ensaio de tração real e aplicar a força lentamente. Realizar quatro paradas de carga para medir o diâmetro do corpo de prova, sendo uma delas a carga