la luna
Para Freud a função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as ideias dominantes, o período da sexualidade é longo até chegar à fase adulta, e nesse intervalo a ação sexual se dá de várias maneiras. Freud propôs a existência de uma sexualidade infantil ainda não genital, em que durante a infância ocorre o desenvolvimento de jogos corporais onde as crianças vão-se descobrindo e amadurecendo. Refere-se a sensações que podem ser ativas ou passivas, como lamber ou ser lambido, tocar e ser tocado, olhar e ser olhado, como é mostrado em uma das primeiras cenas do filme em que a mãe de Joe lambe a perna de seu filho. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo. A sexualidade infantil consiste em sentir prazer por meio das zonas erógenas, que é uma parte do corpo que recebe estímulos e tem como consequência uma sensação de prazer.
A proibição do incesto pode vir de diversos e inúmeros fatos, porém a maior parte dela recai sobre a Mãe. Pois a Mãe é equivalente ao desejo primordial que acolhe a criança em sua entrada no mundo, tendo esse desejo pela mãe como primeiro objeto. Podendo dizer igualmente que o primeiro objeto infantil é o de se fazer objeto. Ao decorrer do filme percebe-se que a relação de amor e ódio entre mãe e filho é mantida em mesma instância, uma situação emocional que nos chama a atenção, a raiva pela violência vivida e a manutenção da ternura. O filme mostra a fragilidade do ser humano que vai amar e ceder-se aquele que o protege, procurando