Kyoto
Frente às evidências científicas das causas do aquecimento global e dos riscos climáticos decorrentes do problema, autoridades de mais de 160 países criaram em 1997 o Protocolo de Quioto, um tratado internacional que determina metas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) e estimula o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.
Pelo acordo, que entrou em vigor em 2005, os países industrializados devem reduzir as emissões de GEE, durante o período de 2008 a 2012, em uma média de 5,2% em relação aos níveis de 1990. Isso representa conter 5 bilhões de toneladas de CO2.
Cada país tem uma meta, calculada com base na contribuição de cada um para as emissões totais de GEE lançadas na atmosfera desde a revolução industrial.
Por isso, os países pobres e em desenvolvimento não possuem metas, pois passaram por um processo de industrialização tardio e apenas nos últimos anos aumentaram significativamente as emissões.
O Protocolo ganhou este nome porque foi criado durante a terceira Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 3) realizada na cidade de Quioto, no Japão, e é um complemento à Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento – ECO 92, realizada em 1992 na cidade do Rio de Janeiro.
Os países integrantes do Anexo 1 da Convenção devem seguir os compromissos de redução listados no Anexo B do protocolo, com exceção dos países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia. O principal papel destas nações é diminuir as emissões ou mitigá-las através de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Mas isto é suficiente para reduzir o aquecimento global?
O percentual é considerado pouco para resolver o problema. Ainda que as emissões caíssem pela metade, não seria suficiente para que a temperatura da Terra deixasse de aumentar, alertam muitos cientistas. No entanto, este foi o único acordo a que os países conseguiram chegar em 1997 e, mesmo assim, já foi difícil.