Koyaanisqatsi E Medianeras
888 palavras
4 páginas
UNIVERSIDADE DE UBERABAGABRIEL MARRA OLIVEIRA
GUSTAVO RODRIGUES
RESENHA LIVRE: NAS FRONTEIRAS ENTRE AS MICRO E MACRO GRIDS – “KOYAANISQATSI” E “MEDIANERAS”
UBERABA – MG
2013
ESTADOS UNIDOS E ARGENTINA: INTERTEXTUALIDADE CINEMATOGRÁFICA
“Koyaanisqatsi”: Um belo trava-língua do idioma indígena Hopi que praticamente expressa o quanto nossos sentidos de liberdade e vida também estão travados, significando vida tumultuada, desequilibrada, em busca de um novo modo de viver.
“Medianera”: Face inútil, imprestável, que não é nem a fachada frontal nem a fachada posterior de um edifício. Superfície enorme, que nos divide e nos lembra do passar do tempo, da poluição e da sujeira da cidade.
Piet Mondrian, entre 1942 e 1943, pintou “Broadway Boogie-Woogie”. Considerada por muitos como a obra-prima do artista, o quadro revela, em seu sentido mais amplo, uma forte intertextualidade com os filmes que deram origem a essa resenha. “Broadway Boogie Woogie” trata da grelha urbana de Manhattan e de todas as relações intrínsecas a ela, o que faz com que a obra do artista modernista holandês relacione-se com os filmes “Medianeras” e também “Koyaanisqatsi”, ao passo em que ambos demonstram o desenvolvimento dessas relações, seja em escala menor ou maior.
Narrativamente falando, os dois filmes que assistimos são completamente diferentes. Enquanto um possui uma estrutura não linear de acontecimentos e consegue transmitir, magistralmente, através de uma montagem totalmente harmoniosa – mesmo com uma sequência ininterrupta de imagens e sons, a princípio desconexos – sua mensagem sobre o que o subtítulo do filme já adiantava: “Life Out Of Balance”; o outro se define praticamente como uma “dramédia”, alternativa que, sem se deixar levar pelos estereótipos do gênero, nos apresenta, em meio ao desenvolvimento das personalidades e das rotinas dos protagonistas, discursos narrativos de tamanho cunho reflexivo sobre o crescimento