kmax
O capital é composto de vários livros, na primeira parte ele começa a tratar sobre a mercadoria, segundo alguns é o capitulo mais difícil do livro, mas porque uma obra de economia política que se propõe a discutir o processo de produção, a mais valia entre outras coisas, começa falando sobre a mercadoria que é do ponto de vista do sistema produtivo capitalista muito mais uma consequência do que a causa do processo? Em outras palavras porque ele começa do fim e não do começo? Porque na verdade ele acha que o fenômeno da mercadoria é o elemento mais visível do sistema do capital com o qual as pessoas convivem e é por meio da visibilidade da mercadoria que as pessoas tomam contato com o sistema do capital, porque numa sociedade capitalista tudo é mercadoria todo mundo se relaciona com a forma da mercadoria seja vendendo sua força de trabalho, seja comprando a força de trabalho, seja comprando outras mercadorias.
Então a mercadoria é o fenômeno mais explícito do sistema do capital em relação a qual todas as pessoas tem algum tipo de contato, mesmo aquelas que não estão diretamente inseridas no processo de produção capitalista. O grande problema que Karl Marx vai tentar provar ao longo de toda obra é que essa relação visível que as pessoas tem com a mercadoria é uma relação alienada, é uma forma de estranhamento que portanto gera um fetiche, o fetiche da mercadoria, no capitulo um é apontado uma série de problemas, a questão central do ponto de vista filosófico que podemos analisar aqui é a da alienação. A alienação ou estranhamento é descrita em quatro aspectos:
-O trabalhador é estranho ao produto que foi criado por ele, visto que pertence a outro e acaba se tornando um produto com poder independente.
- O trabalho deixa de ser uma manifestação essencial do homem e torna-se um trabalho forçado devido a alienação do trabalhador em relação ao produto da sua atividade.
-A consequência dessa alienação não se resume a