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Felizmente há Luar! - Dois tempos, suas histórias, uma mesma história
Época de escrita:
Introdução:
Sttau Monteiro nasceu a 3 de Abril de 1926 e morreu a 23 de Julho de 1993. Viveu durante a época do Estado Novo.
Impedido de poder criticar a situação do País, teve como principal objetivo estabelecer um paralelismo histórico-metafórico entre a época da história após as invasões francesas e a sua época contemporânea. Em virtude da existência da censura, evocam-se situações e personagens do passado com pretexto à reflexão do presente.
Nunca abdicou dos seus ideais, nomeadamente a defesa da liberdade, a luta contra a intolerância e as injustiças sociais, o que o levou a afirmar que, para ele, a única coisa sagrada era ser livre como o vento.
Como peça interventiva que é, Felizmente há Luar!, apenas subiu à cena em Portugal, após o 25 de Abril, enquanto que em França e no Brasil foi possível vê-la antes desta data.
Além de criticar, Felizmente há Luar! tinha o propósito de “abanar”, “incomodar”, “despertar” a consciência das pessoas, fazendo uma dupla crítica: à sociedade oitocentista (1817) e à sociedade da época de 60 (1961).
No seu texto, Sttau Monteiro desenvolve uma série de aspetos/temas que são universais e atemporais:
- A luta por um ideal (liberdade);
- A denúncia das injustiças sociais;
- A coragem, lealdade e amizade;
- A condenação da opressão e da delação;
-A dimensão do verdadeiro patriotismo;
- A condição feminina: a mulher com um papel ativo na sociedade.

Estado Novo:
Estado Novo é o nome do regime político autoritário, autocrata e corporativista de Estado que vigorou em Portugal, desde a aprovação da Constituição de 1933 até ao seu derrube pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
Como regime político, o Estado Novo foi também chamado salazarismo, em referência a António de Oliveira Salazar, o seu fundador e líder.
O Estado Novo foi um longo regime autoritário liderado não só por Salazar, mas também pelo seu sucessor Marcello