Kinoryncha
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KINORHYNCHAEntre os integrantes dos “pequenos animáculos” estão os membros do filo Kinorhyncha (do “grego kineo, móvel”; rhynchos, “focinho”), previamente chamados Echinodera (do grego echinos, “espinhos”, dere, “pescoço”) ou Echinoderida. Desde sua descoberta em 1841 na costa norte da França, cerca de 150 espécies de quinorrincos foram descritas em todo o mundo, das quais quase todas têm menos de 1 mm de comprimento. A maioria vive em areia ou lodo marinho, desde a zona intertidal até profundidades de 8.000 metros. Alguns são conhecidos de campos de algas ou nos apreensores delas, praias arenosas e estuários de água salgada; outros vivem em hidróides, ectoproctos ou esponjas.
Externamente, a maioria dos quinorrincos parece semelhante, e a maioria das diferenças específicas são em detalhes dos espinhos e do arranjo e estrutura de suas espessas placas cuticulares. O corpo compreende uma probóscide distinta ou “cabeça”, que é retrátil para dentro da porção anterior do pescoço, e um tronco. O corpo é dividido em 13 zonitos claramente definidos. Muitos especialistas vêem estes zonitos como segmentos verdadeiros, embora a natureza exata de sua formação seja incerta.
A cabeça é formada pelo segmento 1 e possui um cone oral retrátil. A boca se origina do cone oral e é circundada por um anel de espinhos anteriormente direcionados, chamados estiletes orais. Atrás do cone oral, a cabeça possui sete anéis de espinhos posteriormente direcionados, chamados escálides. Até 90 escálides ocorrem em algumas espécies, cada uma articulando em uma junta basal, mas nenhuma com musculatura intrínseca. O segmento 2 forma o “pescoço”, que consiste em uma série de placas chamadas plácides, que se dobram sobre a cabeça quando ela é retraída. Os 11 segmentos restantes formam o tronco. A maioria dos segmentos do tronco é composto de uma placa dorsal (tergal) e um par de placas ventrais (esternal). O ânus localiza-se no último segmento e é normalmente ladeado por fortes espinhos terminais