Kilimanjaro
O Kilimanjaro, localizado no norte da Tanzânia, junto à fronteira com o Quénia, é o ponto mais alto do continente africano, com uma altitude de 5 895 m no Pico Uhuru. Este antigo vulcão, com o topo coberto de neve, ergue-se no meio de uma planície de savana.
O monte e as florestas circundantes, com uma área de 75 353 hectares, possuem uma fauna rica, que inclui muitas espécies em vias de extinção e constituem um parque nacional que foi inscrito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1987, na lista dos locais que são Patrimónios da Humanidade.
O complexo do monte Kilimanjaro, com as suas florestas, tinha sido considerado reserva de caça pelo governo colonial alemão nos princípios do século XX, mas foi considerado reserva florestal em 1921, até que, em 1973, foi declarado como Parque Nacional.
Geografia
Por se encontrar na margem oriental do sul da África, o monte Kilimanjaro, que mostra ter tido grande atividade vulcânica no Pleistoceno, não se encontra totalmente isolado na planície africana, pois está acompanhado por três outros cones vulcânicos, orientados num eixo este-sudoeste: o mais antigo, Shira, a oeste, com uma altitude de 4 500 m; Mawenzi a leste, com uma altitude de 5 149 m e, entre eles, Kibo, que é o mais recente e mostra ainda sinais de atividade, na forma de fumarolas. Entre o Kibo e o Mawenzi há uma plataforma com cerca de 3 600 hectares.
História
Antes do século XIX, algumas raras crónicas, como a do geógrafo egípcio Ptolomeu, mencionaram a existência de uma montanha branca no coração de África. Em 1845, o geógrafo britânico William Cooley, certo da sua existência, afirmou que a montanha mais conhecida da África oriental era coberta de rochas vermelhas.
Em maio de 1848, o missionário Joseph Rebmann explora a região Chagga e acaba por se aproximar da montanha: "Ali pelas 10 horas, vi alguma coisa branca no topo de uma