Keynes vs hayek
Keynes VS Hayek
O presente artigo tem o objetivo de repensar o característico duelo de Keynes VS Hayek dentro das linhas econômicas do atual mercado global traçando um paralelo da Grande Depressão de 1930 com o recente colapso econômico de 2007 e 2008.
Após duas décadas assumindo a perspectiva de que, mantendo-se a informação perfeita sobre todas as hipóteses possíveis, uma crise sistêmica só resultaria de possibilidades fora do alcance da teoria econômica, o mercado mundial depara-se com a maior crise desde a provocada pela queda da bolsa de Nova York em 1929 e antigos questionamentos retornam a tona: O que provoca o colapso das economias de mercado? Qual a reposta correta a um colapso? Qual é a melhor forma de evitar futuros colapsos? E, por óbvio, volta-se a refletir sobre a teoria do economista austríaco Friedrich von Hayek, defensor de uma economia de mercado livre da intervenção estatal em face da tese do britânico John Maynard Keynes e seu mercado regulamentado por um Estado forte e economicamente ativo.
Frederick August von Hayek
A grande inovação de Hayek fez-se em 1976 com seu artigo Choice in Currency onde o autor defendia que o monopólio estatal monetário fosse eliminado em detrimento da livre concorrência de bancos criadores de dinheiro. Essa ideia é a síntese de sua teoria, defensor de um mercado radicalmente livre onde o capitalismo tenha autonomia para se autorregulamentar. Num mundo dominado pela pressão de interesses organizados, a verdade importante a ter em mente é que não podemos contar com a inteligência ou a compreensão, mas apenas com o simples interesse próprio para nos fornecer as instituições de que precisamos. Bendito realmente seja o dia em que não mais será da benevolência governamental que teremos de esperar um bom dinheiro, mas do zelo dos bancos pelos seus próprios interesses.¹
¹ HAYEK, F. A. Desestatização do Dinheiro.Porto Alegre-RS: Instituto Liberal, 1978
Para Hayek a crise resulta de um