Kepler e o desvendamento do movimento planetário
O astrônomo alemão Johanes Kepler foi contemporâneo de Galileu Galilei e Tycho Brahe, tendo inclusive sido assistente deste ultimo. Trabalhando com uma grande quantidade de dados obtidos por Brahe, Kepler elucidou completamente a natureza do movimento planetário, enunciando-o em 3 leis, que mais tarde viriam a ser denominadas como as 3 leis de Kepler.
Apesar de o enunciado dessas leis das orbitas se referirem explicitamente aos planetas do nosso Sistema Solar, sabemos que hoje elas são gerais, sendo validas tanto para satélites (naturais ou artificias) que orbitam em torno dos planetas, como para qualquer sistema planetário que tenha astros girando em orbitas fechadas.
A importância das leis de Kepler
As leis de Kepler são cinemáticas, isto é, explicam o movimento dos corpos celestes sem questionar suas causas. São instrumentos muito uteis, por exemplo, para a compreensão e a previsão do alinhamento entre planetas e seus efeitos, como os eclipses e as mares.
Perceba que nelas não são mencionadas as massas dos planetas ou as forças de interação entre eles. Isso é particularmente interessante se pensarmos que buscamos compreender o movimento de objetos de tamanho tão dispares.
Essas leis são obedecidas inclusive pelos satélites artificias lançados pelo homem, uma vez que descrevem trajetórias fechadas em torno da Terra.
Para finalizar, foram as leis de Kepler que possibilitaram a Isaac Newton formular a Lei da gravitação universal.
Gravitação Universal
Tendo por base as leis de Kepler e combinando-as com as 3 leis do movimento, Isaac Newton elaborou a Lei de Gravitação Universal, dando finalmente sentido ao movimento de todos os corpos celestes, independente de qual seja o tipo de orbita percorrida por eles.
Importa notar que, tomando como base essa lei, é possível deduzir as 3 leis de Kepler e induzir alguns fatores de conversão para torna-las ainda mais precisas.
Leis de Newton