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3509 palavras 15 páginas
Conhecimento - O Conhecimento como prática social
Knowledge - Knowledge as social practice

O desenho e suas relações com a linguagem escrita em alunos portadores de deficiência mental
Wanda Pereira Patrocinio & Luci Banks Leite, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Brasil

1. Introdução

O presente trabalho nasceu de uma pesquisa de sondagem sobre a aprendizagem da linguagem escrita em deficientes mentais, na qual verificou-se que essas crianças, em alguns momentos, desenhavam ao invés de escrever. Essa investigação vem, também, preencher uma lacuna, pois notamos a escassez de trabalhos sobre o desenho de crianças deficientes.

Para Vygotsky, o desenho deve ser interpretado como um estágio preliminar do desenvolvimento da linguagem escrita, estágio este entendido mais do que como uma simples antecedência temporal.

Mesmo que nossa pesquisa esteja voltada para crianças “deficientes mentais”, é relevante percebermos como a deficiência é enfocada; não se pode considerar o deficiente mental como uma pessoa apenas receptora mecânica de conhecimento que os outros possuem, sem nunca ter participado da construção de qualquer saber. É preciso considerar este aluno como um ser que age, decide e pensa por seus próprios meios, principalmente ao trabalharmos na perspectiva da teoria histórico – cultural, que considera que o indivíduo (normal ou deficiente) é constituído pela/na trama de relações sociais.

A tese que fundamenta os trabalhos da Defectologia (VYGOTSKY, 1989) é a de que a criança, cujo desenvolvimento tem sido complicado por um defeito, não é sensivelmente menos desenvolvido que seus coetâneos normais, é uma criança, porém desenvolvido de outro modo.

A perspectiva vygotskyana analisa a questão da deficiência de forma qualitativa e não mais meramente quantitativa. Dessa maneira, a criança, em cada etapa do desenvolvimento, em cada fase sua, apresenta uma peculiaridade qualitativa, uma estrutura específica do organismo

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