kazka

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A verdade é que falar sozinho está longe de ser coisa de gente maluca, já que é um hábito super comum pra maioria de nós, mortais com dificuldades de concentração. Apesar do subsconsciente ter um fator importante na formulação do pensamento e, consequentemente, do ato de falar sozinho, não estamos falando sobre a origem do pensamento, e sim sobre sua saída ao mundo real, através da fala. Por isso, podem tanto ser monólogos quanto "ordens", mas o fato é que diariamente criamos comandos, fazemos perguntas e damos respostas à nós mesmos. A questão é, por que?

Apesar de não se saber a resposta, o comportamento pode ser percebido desde a idade mais tenra, como com crianças, por exemplo, ao repetirem os passos de alguma tarefa que estão fazendo para facilitar a concentração - como amarrar o cadarço, desenhar ou jogar um jogo, por exemplo.

Falar sozinho é tão comum que é a base do teatro e da poesia

Partindo desse princípio, os psicólogos Gary Lupyan (Universidade de Wisconsin-Madison) e Daniel Swingley (Universidade da Pensilvânia) realizaram uma pesquisa que dividia os participantes e os fazia procurar por 20 itens num supermercado. Para algumas rodadas, recebiam um texto com os itens e as instruções de fazer a procura silenciosamente. Para outras, a de falar em voz alta o que estavam procurando. No fim, como era de se imaginar, quem murmurava o nomes do que procurava conseguiu resultados melhores.

Apesar disso, Lupyan observa que isso só funcionou porque as pessoas já sabiam o que estavam procurando - o que significa que se concentrar em algo desconhecido ou sob o qual não se tem conhecimento não é de grande ajuda. A escolha por um supermercado se deu pelo fato da imensidão de produtos, cores e formas tentar a todo custo desviar nossa atenção, que conseguimos manter sólida através do auto-incentivo. Da mesma forma, esse artíficio nos ajuda a tomar decisões, reavaliá-las e planejar o futuro.

Ainda pode-se citar o fator da solidão, que é comum

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