Karl Marx

A metodologia cientifica verdadeira adotada por Marx é aquela que desce do abstrato ao concreto, sendo que o abstrato é a totalidade de fatos concretos (filosofia econômica, modos de produção, entre outros). Esses fatos só puderam ser compreendidos graças a ciência politica. Assim, a “ciência” marxista não é uma produção teórica de conceitos, e sim um conhecimento que parte do concreto, sendo resultado de múltiplas realidades. Esse conhecimento possui grande relevância com a práxis, que nada mais é do que a ruptura com a alienação, ou seja, é o pensar e agir para a sua transformação consciente e revolucionária. Logo, a ciência também é um conhecimento do social e possui sua própria historia; segundo Marx, as ciências (naturais, humanas) estão dentro de uma ciência maior: a ciência da historia. A ciência social critica é aquela que traz múltiplas realidades concretas; este método seria o mais concreto e correto das ciências, pois aborda o máximo de determinações concretas possíveis, levando em conta o movimento dialético-histórico das sociedades. É considerado o mais correto pois caminha juntamente com a realidade que por ventura também é dialética. “É o ser social que determina sua consciência.” Para Marx, quem detém os meios de produção passa suas ideologias para os demais, ou seja, há a ideologia da classe dominante sobre a dominada. A consciência social determina a ideologicamente a produção, mas não a ciência; pois a ideologia não é ciência. De acordo com os marxistas, o cientista deve sempre levar em conta elementos sociais, no entanto, deixaria de lado a sistemática e a formalidade da ciência, logo, seria meramente impossível fazer qualquer tipo de ciência natural a partir da classe social.