Karl Marx e o Estado
Para os teóricos liberais modernos o Estado é uma instituição mediadora de conflitos de classes, defendendo os interesses da sociedade como um todo, além de afirmarem que as estruturas de classes é um dado imutável e estabelecem uma comparação com a natureza.
Marx critica categoricamente as teorias liberais sobre o Estado, desenvolvendo a chamada Teoria de Domínio de Classes. Nela o Estado é fruto de uma classe que, estando no poder, se beneficia de certas relações de propriedades, e ainda é o responsável por manter tal estrutura exploradora.
Marx ainda faz uma observação sobre o domínio de classes, estabelecendo uma igualdade com a proteção a propriedade privada. "Portanto, quando dizemos, que a finalidade mais alta do Estado é a proteção da propriedade provada, estamos também dizendo que ele é um instrumento do domínio de classe".
A propriedade privada não consiste de coisas mas de uma relação social entre as pessoas. Ela confere a seus possuidores a isenção do trabalho e o usufruto do trabalho de outros, e nisso está a essência de toda a dominação social.
Portanto, Marx não enxerga outra alternativa para acabar com a exploração senão através da Abolição da Propriedade Privada. Sendo o Estado o maior defensor da propriedade privada, para a efetividade da proposta seria necessário um choque frontal entre as forças do socialismo e as do poder estatal.
No âmbito da economia o Estado defende interesses capitalistas, por ser representado pelos mesmos. Sendo assim é possível afirmar que a superexploração da população operária foram objetos de ação estatal.
A população operária revoltada recorre ao Estado através da luta de classes. Para evitar uma revolução e manter a estrutura o Estado efetua algumas concessões a favor da classe operária.
Podemos afirmar, então, que o Estado resolve problemas criados pelo capitalismo em virtude de manter a estrutura exploratória.