Karl marx e a história da exploração do homem
Sofreu influência da filosofia hegeliana de quem Marx absorveu uma diferente percepção da história _ não um movimento linear ascendente como propunham os evolucionistas, nem o resultado da ação voluntariosa e consciente dos heróis envolvidos, como pensavam os historiadores românticos. Hegel entendia a história como um processo coeso que envolvia diversas instâncias da sociedade – da religião à economia – e cuja dinâmica se dava por oposições de forças antagônicas – tese e antítese. É o processo dialético de conceber a história.
Marx utilizou esse método de explicação histórica para o qual os agentes sociais, apesar de conscientes, não são os únicos responsáveis pela dinâmica dos acontecimentos – as forças em oposição atuam sobre o devir.
Marx teve contato com o pensamento socialista francês e inglês do século XIX, porém Marx julgava suas propostas utópicas (Rousseau – que atribuíra à origem das desigualdades sociais ao advento da propriedade privada).
Nenhum considerou seriamente a necessidade de luta política entre as classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na implantação de uma nova ordem social.
Há ainda na obra de Marx toda a leitura crítica do pensamento clássico dos economistas ingleses, em particular Adam Smith e David Ricardo que é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes como alienação, classes sociais, valor, mercadoria, trabalho, mais-valia e modo de produção.
Impossível não fazer referência ao seu grande interlocutor – Engels – economista político e revolucionário alemão, sendo co-fundador do socialismo científico, também conhecido por “comunismo”.
ALIENAÇÃO
Em termos jurídicos designa a transferência ou venda de um bem ou direito. Rousseau (1712-1778) - filósofo suíço, escritor, teórico, político e compositor musical autodidata – designa o termo como uma idéia de privação, falta ou exclusão. Marx faz do conceito uma peça-chave de sua teoria para a compreensão da exploração econômica exercida sobre o