Karl Marx e Max Weber: uma abordagem contemporânea
Introdução
O ensaio aqui contido pretende analisar os fundamentos do capitalismo segundo dois dos grandes pensadores clássicos das Ciências Sociais tendo em vista as diferentes concepções de Marx e Weber relativas ás estruturas sociais do sistema capitalista. A partir destas traçaremos uma breve análise contemporânea do caso brasileiro explorando pontos de convergência e divergência entre os dois pensadores. No meio acadêmico é comum os colocar como defensores de visões opostas. Enquanto Marx defendia que a divisão social de classes era consequência da forma com a qual os atores sociais se relacionavam com meios de produção, Max Weber via que as classes se baseavam não apenas na esfera econômica como na política e social.
Por outro lado, ao mesmo tempo esse trabalho também apresentará pontos em comum entre os pensadores. Nesse momento será muito bem vindos alguns comentários do Historiador Eric Hobsbawn que considera que por trás dessa impressão errônea de antagonismo encontra-se, na realidade, uma diferença de aprofundamento em questões como estratificação social, produção e religião.
Aproximadamente um século depois, obras como “Parlamento e governo na Alemanha reordenada”(1917) de Weber e “O Capital”(1867) de Marx ainda são usadas para explicar as mazelas e patologias sociais contemporâneas. Com o objetivo aumentar a diversidade dos pontos de vistas acerca do capitalismo aqui presentes, também será usada a noção dos Ciclos e tendência defendidos por Schumpeter.
Marx encontrou uma relação entre compra e venda da força de trabalho entre trabalhadores e capitalistas, de tal modo que aqueles que produzem podem apenas negociar sua força de trabalho com os que detêm o monopólio dos instrumentos de produção. O valor do produto social seria composto pela agregação de três variáveis: capital constante, variável e excedente (mais valia). O capital