KARARAO "PARA INGLÊS VER" COM AR CONTEMPORÂNEO

ESTÁCIO - FAP (PARÁ)

TRABALHO DE TÉCNICA E APURAÇÃO JORNALÍSTICA

Aluno: Afonso Gallindo - Jornalismo/Noite (20130901929-1)

KARARAÔ "PARA INGLÊS VER" COM AR CONTEMPORÂNEO
A proporção da discussão pela construção da hidroelétrica de Belo Monte já superou e muito sua proposta de área a ser concluída. O argumento adotado pelo governo federal de crescimento do país e que já se encontra com déficit no seu potencial energético, esbarra em outros fatos e situações em diversas áreas como a antropologia, sociologia e meio ambiente. Porém, mais ao fundo destas discussões, existem brasileiros que continuam sendo historicamente vitimas da ambição que sufoca suas crenças, seu modo de vida e cultura, o Índio.
O projeto de Kararaô, "grito de guerra" no tronco tupi adotado pelos índios Kaiapó, foi o nome original do projeto Belo Monte. Concebido nos anos 1970 sob a ditadura militar previa a construção de seis grandes usinas ao longo do rio Xingu e alagaria quase 20 mil km2, atingido 12 terras indígenas, além de grupos isolados da região – desalojando centenas de milhares de pessoas. Passou por inúmeras pressões nacionais e internacionais provocando modificações significativas. Pressões estas aliadas à falta de recursos próprios levaram ao congelamento do projeto no final da década de 1980. O ato corajoso da índia kaiapó Tuíra, 23 anos na época, encostando o facão no rosto de
José Antônio Muniz Lopes, diretor de planejamento da Eletronorte, no 1º Encontro dos
Povos Indígenas do Xingu que reuniu perto de três mil pessoas em Altamira, próximo a área destinada a implantação do projeto, foi clara para o mundo todo.

Diante desta ação e motivado pela pressão interna e mundial, o Governo refaz os estudos de viabilidade diminuindo a área inundada e neutralizando áreas indígenas ainda em 1994. Em 1998, a Eletronorte solicita a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL) para retornar aos estudos de impacto com novo nome: Belo Monte. Em 2000 os estudos de