kant

830 palavras 4 páginas
Na Crítica da Razão Prática, Kant demonstra que a razão pura é prática por si mesma, ou seja, ela dá a lei que alicerça a moralidade, a razão fornece as leis práticas que guiam a vontade. Leis práticas são princípios práticos objetivos, regras válidas para todo ser racional. Elas se diferenciam das máximas que são princípios práticos subjetivos, regras que o sujeito considera como válidas apenas para sua própria vontade. "Admitindo-se que a razão pura possa encerrar em si um fundamento prático, suficiente para a determinação da vontade, então há leis práticas, mas se não se admite o mesmo, então todos os princípios práticos serão meras máximas"
Ética e estética. Na Crítica da razão prática, Kant expôs a doutrina ética que lhe serviu de base para a demonstração de uma ordem transcendente, sem que fosse necessário recorrer à metafísica especulativa. A ética, para ele, não precisa dos dados da sensibilidade e, portanto, não pode cair em "ilusões". A consciência moral é um dado tão evidente quanto a ciência de Newton. É a razão aplicada à ação, à prática humana. Somente a vontade humana pode ser boa ou má. A moralidade não se confunde com a legalidade. A vontade é pura, moral, quando suas ações são regidas por imperativos categóricos e não por imperativos hipotéticos, como a punição da lei. O imperativo categórico pode ser assim enunciado: "Age de tal modo que o motivo que te levou a agir possa tornar-se lei universal." As pessoas devem pautar suas ações de acordo com princípios éticos universalmente aceitos. E a aceitação pelos homens da lei moral é a prova de que existe uma ordem que transcende o meramente sensível, cujo único fundamento possível é a existência de Deus. Kant deduz assim a metafísica não da ciência, mas da ética.
A sua ética é baseada, sem quaisquer compromissos, na procura de um único princípio supremo da moralidade, um princípio, com autoridade racional, por exemplo, o ser conduzir as paixões, em vez de se deixar conduzir por elas, e a si

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