Kant

Kant era filho de um artesão que trabalhava couro e fabricava selas. Sua mãe, de origem alemã, embora não tivesse estudo, foi mulher admirada pelo seu caráter e pela sua inteligência natural. Ambos seus pais eram do ramo pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria dos fieis vida simples e integral obediência à lei moral.
Estudos primários. A influência de seu pastor permitiu a Kant entrasse na escola pietista onde estudou por oito anos e meio.
Em 1740, aos dezesseis anos, Kant entrou para a universidade de Königsberg onde estudou até aos 21 anos. Apesar de ter assistido a cursos de teologia e até pregado alguns sermões, ele foi atraído mais pela matemática e a física. Ajudado por um jovem professor, ele começou a ler os trabalhos de um físico inglês chamado Cristian Wolff e, em 1744, iniciou seu primeiro livro, o qual tratava de um problema relativo a forças cinéticas: "Ideias sobre a Maneira Verdadeira de Calcular as Forças Vivas".
Aos 21 anos apesar de ter decidido seguir uma carreira acadêmica Kant se viu obrigado a desistir desse projeto temporariamente, devido a morte de seu pai e ao seu fracasso em obter um posto em uma das escolas ligadas a universidade, ele então passa a ganhar a vida como tutor particular, o que lhe permitiu conviver com a alta sociedade da época.
Em 1755 Kant retornou a universidade, obteve seu doutorado com a ajuda de um amigo, e logo após assumiu uma posição de livre docente (Privatdozent, professor sem salário). Três dissertações que ele apresentou na habilitação a esse posto indicam o interesse e rumo de seu pensamento nessa época. Em uma, "Sobre o fogo", ele argumenta, muito ao jeito aristotélico, que os corpos agem uns sobre os outros através de uma matéria sutil e elástica uniformemente difusa que é a substância básica de ambos calor e luz.
A seguir, por 15 anos, ele ensinou na universidade, primeiro dando aulas de ciência e matemática, mas gradualmente ampliando seu campo de interesse a quase todos os ramos