Kant

Emmanuel Kant nasceu em Königsberg, na Alemanha, a 22 de Abril de 1724. Kant foi o quarto dos nove filhos de Johann Kant, um artesão fabricante de correias; e da sua mulher Regina, uma mulher admirada pelo seu carácter e pela sua inteligência natural. Os seus pais eram do ramo Pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria dos fiéis uma vida simples e integral obediência à lei moral. Em 1740, aos dezesseis anos, Kant entrou para a Universidade de Königsberg, onde estudou até aos 21 anos. Apesar de ter assistido a cursos de Teologia e até pregado alguns sermões, ele foi mais atraído pela Matemática e pela Física. Ajudado por um jovem professor, Martin Knutzen, que havia estudado com Christian Wolff, um sistematizador da Filosofia racionalista e um entusiasta da ciência de Isaac Newton, começou a ler os trabalhos deste físico inglês e, em 1744, iniciou o seu primeiro livro, o qual relatava um problema relativo a forças cinéticas: Ideias sobre a Maneira Verdadeira de Calcular as Forças Vivas. Em 1746, com a morte do seu pai e com o seu fracasso na obtenção do posto de sub-tutor numa das escolas ligadas à Universidade, Emmanuel Kant viu-se obrigado a desistir temporariamente do seu projeto. Aos 31 anos, Kant obteve o seu Doutoramento e publicou a História Universal da Natureza e Teoria do Céu, obtendo assim a graduação como livre-docente. Leccionou praticamente todas as disciplinas, como Ciência e Matemática, e, em 1763, escreveu um Ensaio para a introdução, em Filosofia, do conceito de grandeza negativa. Em 1770, escreveu uma Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e do mundo inteligível, com a qual se tornou professor titular. As suas pesquisas, influenciadas por Hume, Leibniz e Rousseau, conduziram-no à interrogação sobre “os limites da sensibilidade e da razão”. Após perceber que todo o conhecimento se baseava na experiência, Kant publicou, em 1781, a Crítica da Razão Pura e, desta forma, classificou os juízos em sintéticos e