Kant - Os Clássicos da Política

2594 palavras 11 páginas
Kant: a liberdade, o individuo e a república. De origem humilde, o filósofo desde cedo desdenhou a dogmática religiosa do protestantismo e cultivou a celebração da dignidade pessoal. Era um acadêmico: suas aulas eram eruditas e vivas. Seus escritos são rigorosos e sistemáticos e refletem os desafios de sua época.
A filosofia da moral e a dignidade do indivíduo. O conhecimento racional versa sobre objetos ou suas próprias leis. Há dois gêneros de objetos: a natureza – objeto da física – e a liberdade – objeto da moral ou ética. Já o conhecimento das leis próprias da razão constitui a lógica, independendo da experiência, puramente formal. A física e a ética lidam com o mundo objetivo, tendo o fundamento do conhecimento empírico em corpos de princípios puros. Esses princípios são a metafísica. A metafísica da moral estabelece que o ser humano, enquanto ser racional, é livre. Sem a ideia de liberdade a experiência e o conhecimento do mundo moral seriam impossíveis. Ela é dividida em duas partes: justiça e virtude. Ambas tratam das leis da liberdade, por oposição às leis da natureza. A justiça é caracterizada pelas leis jurídicas e influenciam o indivíduo por fora; a virtude é caracterizada pelas leis morais, uma ação moral realizada pelo dever, e influenciam o indivíduo por dentro. A justiça e a virtude constituem, respectivamente, elementos exteriores e elementos interiores. Como o ser humano dita suas próprias leis ele é um ser livre, ou seja, obedece suas próprias leis, o que o faz um ser digno, sendo o homem o “fim de si mesmo”. Segundo Kant, O homem deve organizar-se segundo o direito, adotar uma forma republicana de governo e estabelecer a paz internacional.
O imperativo categórico. A norma moral tem a forma de um imperativo categórico, que é a relação entre o dever ser e os móveis humanos. A necessidade objetiva do comando categórico faz referência a que o dever moral vale para todos os homens enquanto seres racionais. Segundo a Lei Universal –

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